“Avante!”… E o sol brilhará para todos nós... De pé, ó vítimas da fome…
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“Avante!”… E o sol brilhará para todos nós... De pé, ó vítimas da fome…
Portugal viveu um período obscurantista, cinzento,
de espiões nas esquinas
feitos carrascos da liberdade amordaçada .
Quem discordasse do regime “salazarista”, sendo ou não político,
era preso, torturado e até morto.
Foram tantos, tantos, os defensores da liberdade
que tombaram às ordens assassinas de Salazar,
fechado no seu “canto”, no Palácio de S. Bento, sob uma capa de
“provinciano inofensivo e beato”.
Portugal sofreu e ficou de luto décadas a fio:
pelos mortos do Tarrafal, de Peniche, de Caxias, nas masmorras da PIDE
onde eram barbaramente torturados e, depois,
nas Guerras de África,
onde Salazar, estupidamente convicto na sua afirmação do
“orgulhosamente sós”,
permitia que a juventude portuguesa, em tempo de serviço militar
obrigatório, fosse carne para canhão.
E Portugal sofreu meio século de martírio, amordaçado, de facto !
A Censura derrubava pela força do “terrível lápis azul”
todas as prosas que ousassem, mesmo que veladamente,
contrariar ou criticar o Regime.
Por isso é que os portugueses democratas devem contribuir
para imortalizar a memória de um punhado de gente
que foi capaz de levar “Avante”
a luta pelos ideais que o povo português queria ver realizados.
E quando um dia o poder caiu na rua o jornal “Avante” libertou-se.
Álvaro Cunhal e Dias Lourenço
foram os principais protagonistas do projecto “Avante!”
Recordemos…
Em Maio há 33 anos, no Avante!
A reivindicação da nacionalização da banca fez-se ouvir nos primeiros dias após a Revolução de Abril, mas ganhou nova força com a derrota do golpe reaccionário de 11 de Março de 1975.
No Avante! de 20 de Maio considerava-se as nacionalizações da banca e dos seguros, decididas dias antes pelo Conselho da Revolução, como medidas “históricas que abrem caminho a transformações democráticas essenciais na economia portuguesa em beneficio do povo e do País”.
Foram medidas históricas “correspondem aos mais seguros e legítimos anseios do movimento popular de massas”; porque “resultantes da aliança Povo-MFA e da unidade cada vez mais sólida entre os trabalhadores e as forças democráticas que verdadeiramente os representam”; ou ainda porque “são o resultado de incontáveis e profundos sacrifícios do povo trabalhador de Portugal.
Sobretudo durante os últimos 50 anos de opressão do grande capital, dos seus serventuários e das suas polícias”; finalmente, porque “sem elas era impossível o avanço democrático no caminho do socialismo”.
O Avante! relatava ainda as manifestações de regozijo por esta decisão do Conselho da Revolução.
Na manifestação de Lisboa, o Presidente da República, general Costa Gomes, falava, da “lei mais revolucionária que jamais foi promulgada neste país, a nacionalização da banca”, aprovada pelo Conselho da Revolução.
Também no Porto houve uma grande manifestação, unitária: PCP, MDP/CDE, PS, entre outros, com a intervenção de Avelino Gonçalves, então ministro do Trabalho do II Governo Provisório.
Estas memórias da história são testemunhos vivos de quem teve a coragem de lutar pela liberdade mesmo em risco da própria vida.
E aí, se inclui, sem dúvida, todos aqueles que, na clandestinidade, comunicaram através das edições do “Avante!” partilhando informação com Portugal inteiro formando as hostes da LIBERDADE que haveria de engrossar fileiras rumo à vitória.
No Avante! de 20 de Maio considerava-se as nacionalizações da banca e dos seguros, decididas dias antes pelo Conselho da Revolução, como medidas “históricas que abrem caminho a transformações democráticas essenciais na economia portuguesa em beneficio do povo e do País”.
Foram medidas históricas “correspondem aos mais seguros e legítimos anseios do movimento popular de massas”; porque “resultantes da aliança Povo-MFA e da unidade cada vez mais sólida entre os trabalhadores e as forças democráticas que verdadeiramente os representam”; ou ainda porque “são o resultado de incontáveis e profundos sacrifícios do povo trabalhador de Portugal.
Sobretudo durante os últimos 50 anos de opressão do grande capital, dos seus serventuários e das suas polícias”; finalmente, porque “sem elas era impossível o avanço democrático no caminho do socialismo”.
O Avante! relatava ainda as manifestações de regozijo por esta decisão do Conselho da Revolução.
Na manifestação de Lisboa, o Presidente da República, general Costa Gomes, falava, da “lei mais revolucionária que jamais foi promulgada neste país, a nacionalização da banca”, aprovada pelo Conselho da Revolução.
Também no Porto houve uma grande manifestação, unitária: PCP, MDP/CDE, PS, entre outros, com a intervenção de Avelino Gonçalves, então ministro do Trabalho do II Governo Provisório.
Estas memórias da história são testemunhos vivos de quem teve a coragem de lutar pela liberdade mesmo em risco da própria vida.
E aí, se inclui, sem dúvida, todos aqueles que, na clandestinidade, comunicaram através das edições do “Avante!” partilhando informação com Portugal inteiro formando as hostes da LIBERDADE que haveria de engrossar fileiras rumo à vitória.
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JornalExtra-Online- Chefe de Redacção
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