A Obesidade na população em risco cardiovascular
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A Obesidade na população em risco cardiovascular
Resultados de estudo “A Obesidade na população em risco cardiovascular”:
87,6% dos doentes portugueses com excesso de peso em risco cardiovascular referem não ter acompanhamento profissional
O Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), em parceria com Abbott Laboratórios Lda, realizou um estudo sobre a obesidade na população em risco cardiovascular que apresenta resultados alarmantes e que merecem uma reflexão sobre o modo de actuação junto desta população em risco.
Como problema de saúde pública que é, a obesidade deve ser encarada e abordada pelos profissionais de saúde de uma forma integrada. Apesar do relativo conhecimento e consciencialização que existe na população portuguesa para este problema, apenas 12,4% dos obesos em risco cardiovascular referem ter aconselhamento profissional. Destes, 47,9% são acompanhados pelo médico de clínica geral, 32,2% pelo nutricionista, 18,2% pelo farmacêutico, 14,1% por um endocrinologista e 2,4% recorre à ajuda de um psicólogo.
O que está a falhar para que os obesos percebam que o peso exagerado é um enorme risco para a sua saúde? Esta é uma pergunta que emerge destes dados resultantes do estudo que lhe envio em anexo. Mas também. Será que as campanhas de sensibilização estão a surtir frutos? Será que o facto de o governo dar primazia no tratamento à diabetes e à hipertensão, por exemplo leva a que os doentes pensem que ao tratarem estas doenças podem continuar a ganhar peso sem se terem de preocupar em tratar a obesidade? Mas outras perguntas podem ser feitas neste sentido, nomeadamente a necessidade ou não da comparticipação dos fármacos para tratar a obesidade que segundo estudos publicados, podem reduzir o peso de um obeso em cerca de 10%, o que é já um enorme passo em alguns doentes.
Outra pergunta que deve ser feita é, e talvez uma das mais importantes, será que os médicos encaram a obesidade como uma doença crónica ou pensam que é sinónimo de um estilo de vida sedentário tratando apenas a diabetes e hipertensão não tendo em conta o denominador comum de todas estas patologias, a obesidade?
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