A Guerra do Iraque - Testemunhos
Página 1 de 1
A Guerra do Iraque - Testemunhos
Há cinco anos atrás, o mundo olhava para os Açores. Na Base das Lajes, George W. Bush, junto aos primeiros-ministros britânico, espanhol e português da altura, anunciava o que considerava ser inevitável: uma invasão americana do Iraque.
No dia 20 de Março de 2003, quatro dias após ter partido dos Açores, o presidente americano confirmava na Sala Oval da Casa Branca: «as forças da coligação começaram a atacar alvos de importância militar». A campanha tinha sido lançada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, com o apoio de Portugal e Espanha. Era uma coligação de nações que, nas palavras de Bush, tinha escolhido “suportar o dever e partilhar a honra de servir” a «defesa comum». O Iraque tinha sido ocupado e os invasores prometiam «fazer todos os esforços para proteger civis inocentes».
O objectivo, assegurava o líder, era claro: «o povo dos Estados Unidos, os seus amigos e os seus aliados não viverão à mercê de um regime fora-da-lei que ameaça a paz com armas de destruição massiva.» O líder do regime em questão, Saddam Hussein, viria a ser capturado e morto, por enforcamento, depois de julgado e condenado à pena de morte por um tribunal iraquiano mas a guerra estaria longe de terminar.
Preparava-se o terreno para um conflito que podia não ser de fácil resolução. Bush alertava os americanos para esta «campanha num terreno duro do tamanho da Califórnia» que podia «durar mais e ser mais difícil do que alguns» previam mas que valeria o esforço para «ajudar os iraquianos a conseguir um país unido, estável e livre».
O presidente garantia ainda que não tinha «qualquer ambição no Iraque para além de aniquilar uma ameaça e devolver o controlo daquele país ao seu próprio povo.»
Milhares de soldados partiram para viagens que, na maioria dos casos, duraram mais do que o esperado. Em Washington Bush falava também aos pais, maridos e mulheres que esperavam por notícias de Bagdade: «Sei que as famílias dos militares rezam para que todos aqueles em serviço regressem sãos e salvos. Milhões de americanos rezam convosco, pela segurança dos que vos são queridos e pela protecção dos inocentes. Podem ter a certeza de que as vossas famílias voltarão a casa assim que o seu trabalho estiver concluído».
Hoje, cinco anos depois, os militares ainda não voltaram e o conflito permanece aceso. No discurso de balanço, o ainda presidente norte-americano admitiu que a guerra do Iraque teve um «elevado custo em vidas e em dinheiro» mas viu as consequências como «necessárias» comparativamente ao «custo que teria a vitória dos inimigos no Iraque».
Em 2003, a campanha Iraque não ia ser «de meias medidas» e não aceitaria «outro desfecho que não a vitória». Cinco anos passados, derrubar «Saddam Hussein do poder foi a decisão correcta e esta é uma guerra que os EUA podem e devem vencer». Assim discursou George W. Bush.
No dia 20 de Março de 2003, quatro dias após ter partido dos Açores, o presidente americano confirmava na Sala Oval da Casa Branca: «as forças da coligação começaram a atacar alvos de importância militar». A campanha tinha sido lançada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, com o apoio de Portugal e Espanha. Era uma coligação de nações que, nas palavras de Bush, tinha escolhido “suportar o dever e partilhar a honra de servir” a «defesa comum». O Iraque tinha sido ocupado e os invasores prometiam «fazer todos os esforços para proteger civis inocentes».
O objectivo, assegurava o líder, era claro: «o povo dos Estados Unidos, os seus amigos e os seus aliados não viverão à mercê de um regime fora-da-lei que ameaça a paz com armas de destruição massiva.» O líder do regime em questão, Saddam Hussein, viria a ser capturado e morto, por enforcamento, depois de julgado e condenado à pena de morte por um tribunal iraquiano mas a guerra estaria longe de terminar.
Preparava-se o terreno para um conflito que podia não ser de fácil resolução. Bush alertava os americanos para esta «campanha num terreno duro do tamanho da Califórnia» que podia «durar mais e ser mais difícil do que alguns» previam mas que valeria o esforço para «ajudar os iraquianos a conseguir um país unido, estável e livre».
O presidente garantia ainda que não tinha «qualquer ambição no Iraque para além de aniquilar uma ameaça e devolver o controlo daquele país ao seu próprio povo.»
Milhares de soldados partiram para viagens que, na maioria dos casos, duraram mais do que o esperado. Em Washington Bush falava também aos pais, maridos e mulheres que esperavam por notícias de Bagdade: «Sei que as famílias dos militares rezam para que todos aqueles em serviço regressem sãos e salvos. Milhões de americanos rezam convosco, pela segurança dos que vos são queridos e pela protecção dos inocentes. Podem ter a certeza de que as vossas famílias voltarão a casa assim que o seu trabalho estiver concluído».
Hoje, cinco anos depois, os militares ainda não voltaram e o conflito permanece aceso. No discurso de balanço, o ainda presidente norte-americano admitiu que a guerra do Iraque teve um «elevado custo em vidas e em dinheiro» mas viu as consequências como «necessárias» comparativamente ao «custo que teria a vitória dos inimigos no Iraque».
Em 2003, a campanha Iraque não ia ser «de meias medidas» e não aceitaria «outro desfecho que não a vitória». Cinco anos passados, derrubar «Saddam Hussein do poder foi a decisão correcta e esta é uma guerra que os EUA podem e devem vencer». Assim discursou George W. Bush.
Discurso de George W. Bush há cinco anos
Testemunhos de jornalistas sobre a guerra do Iraque
Texto: Inês Gens Mendes
JornalExtra-Online- Chefe de Redacção
- Número de Mensagens : 291
Data de inscrição : 28/03/2008
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|